29.8.08
singular
Que minhas mãos caducas não se apeguem ao vazio e que minha mente não reproduza o que dizem ser coerente. Que eu não morra tentando agradar quem não me interessa e que minha personalidade não se perca diante dos iguais. Que eu grite bem alto para extravasar a tristeza e que corra a todo vapor para esquentar meu corpo, no inverno. Que eu viva muitos domingos de calmaria para reconhecer a agitação. Que eu passe por dias de correria que é para reconhecer a calma. Que eu sofra, e que do meu sofrimento eu saiba rir. Que nos meus supostos fracassos eu saiba enxergar a monotonia da perfeição. Que em lágrimas aparentemente amargas eu reconheça a singularidade do salgado. Que em críticas perversas, eu gargalhe superior e triunfante dentro de mim. Que eu saiba dar valor às coisas que te importam, mesmo que para mim não façam o menor sentido. Que eu reconheça e admire a sua experiência, mas que eu não me menospreze por não saber o que o tempo te ensinou. Que eu seja livre, livre e sábia...Que eu tenha sabedoria... Sabedoria nunca é demais. Sabedoria para reconhecer o erro, para entender que nem sempre se ganha e que no buraco não é o meu lugar... sabedoria para lidar com o orgulho e preparar a alma para receber elogios. Sabedoria para perder e entender quando se deve sair de cena... Sabedoria para enxergar que alma pode ser lama, que flor rima com dor, que melancolia não se parece com ousadia... depende do seu ponto de vista, depende de que ângulo você olha a vida e de que forma ela te vê...
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