Eu caminho sem barulho
Não sei se as ruas é que são surdas
Ou meus passos que são sutis e sIlenciosos...
Tenho andado na contramão,
Tenho duvidado do convicto
E acreditado em grandes piadas...
Eu tenho feito tudo errado, tudo errado...
Mas é do erro que minha alma se alimenta...
É dele que tiro o aprendizado,
É com ele que aprendo a corrigir o errado...
E se quer mesmo saber:
Não vou me arrepender de nada...
Tudo que começamos tem tempo indeterminado,
Até o dia em que o tempo nos diz que já é tempo desse tempo acabar...
Como meros objetos do tempo,
não temos como dizer não,
Como enganá-lo...
E nesse vai e vem da vida
Às vezes nos machucamos fundo,
Tenho uma cicatriz para cada ferida...
O que há de mais perverso no amor,
É fingir que não sentimos aquilo que na verdade é maior que nós mesmos...
É fazer de conta que nada aconteceu,
Que tudo passou,
Que a vida continua...
Eu odeio essa ideia,
A ideia da partida...
É como se o amor de outrora não houvesse existido,
É como esquecer de um rosto tão familiar...
É como dizer não a quem seu coração só dizia sim...
Estranho... muito estranho...
Olhar e não reconhecer...
Procurar e não encontrar...
Buscar fundo o amor que um dia existiu...
Se deparar com o nada, com o vazio...
É estranho observar os caminhos para os quais essas ruas nos levam...
É complicado dizer qual o sentido de tudo isso...
É confuso, confuso e perigoso demais...
frente a tudo isso,
Há os que têm fé,
Os que choram,
Os que se revoltam,
Os que até tentam, mas não conseguem entender nada...
Há os que fingem estar tudo bem,
Há os que gritam,
E de todos, o pior:
Os que ficam em silêncio...
Não pense que foi fácil,
Não pense que sou super-heroína,
Não pense que sou de ferro...
Meu orgulho se feriu,
Meu éguo gritou desesperado dentro de mim...
Minha alma ficou pequena,
E meus olhos vermelhos...
Mas se é mesmo a felicidade que importa,
não vou perder tempo tentando entender...
Não vou querer explicação
Daquilo que não quero mais reverter...
E se quer mesmo saber:
Eu não vou me arrepender de nada...
7.4.09
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