sem fim

Eu passei por um vendaval
Mas ainda preciso ser o vendaval
Eu vi uma tempestade lá fora
Mas ainda assim eu queria ser a tempestade
Eu quero sempre mais do que me ofertas
Eu quero ir além do que me despertas
Não tem fim, não tem limite
É como mergulhar no infinito
E ter vontade de tudo ao mesmo tempo
É como abraçar o mundo sem ter braços
Gritar sem ter voz,
Mas ainda assim não deixar de abraçar ou gritar...

Tudo igual

Aqui tudo é solidão
Desde a porta que fecha o meu quarto
Ao desamor que tranca meu coração
Aqui é tudo solidão
Transborda,
Contamina meu ânimo,
Aqui dentro tudo é solidão...
Uma sombra na parede
Da vida que acontece lá fora
E as folhas balançam igual
A lua está do mesmo tamanho
No mesmo lugar
A rua deserta e escura
Os mesmos rostos
As mesmas histórias...
A melodia que embala a rotina
Vai aos poucos perdendo a graça
Que graça?
Qual é mesmo a graça da monotonia?!!!!!

Verdades opostas

Qual foi o atalho que eu peguei?
Na tentativa de encurtar o caminho
Estou encurtando a felicidade...
Na tentativa de chegar mas rápido
Estou cada vez mais perto da solidão...
Me ofereceu um amor sóbreo
Enquanto eu queria a imensidão...
Seu amor tem lógica na estrutura
E eu querendo a desestrutura da loucura...
Nessa calma que me levas
Eu levaria uma vida sozinha...
Se é a razão que me ofertas,
Nunca vi razão tão mesquinha...
Se é o equilíbrio que me oferece,
Recuso, dê a quem merece...
A paixão estonteante ainda é novidade,
Na tentativa de vivê-la,
Estou indo,
Estou indo para longe da tua verdade!