"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..." Clarice Lispector

3.2.08

de amor à ilusão

Lembra-se daquele amor das tardes de solidão
Daquele amor das noites quentes
Lembra-se daquele amor?
Então, ele se transformou
De profundo ficou superficial
Suas raízes foram arrancadas do meu peito
E hoje já não dói mais
Ficou uma cicatriz durante um tempo
Mas o tempo se encarregou de tapar o buraco deixado
Sabe aquele amor irresistível e dramático
Lembra-se?
Então, ele já não existe mais
Fiz questão de transformá-lo
Ou talvez enxergá-lo como realmente ele sempre foi
Ilusão, exatamente uma ilusão
Do choro nasceu meu riso
O mais motivado riso do mundo
As lágrimas fizeram nascer uma flor
Uma linda flor dentro de mim
E hoje eu vivo em paz comigo mesma
Com meu riso e minha linda flor...
Sabe aquele inesquecível amor?
Então, descobri que não era inesquecível assim...

Um comentário:

Unknown disse...
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