"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..." Clarice Lispector

23.11.08

Mecanicismo

Água escorre
Enxugo meu rosto
Olho no espelho
Por um segundo: quem és?
Num lapso de memória
Numa dor aguda
Numa insistência intrigante
A vida prossegue
Por mais um dia... mais um dia
No mecanicismo
De quem faz muito sem saber
De quem diz muito sem dizer
De quem vive muito sem viver
Bate à porta
É hora de acordar
A vida continua
O mecanicismo precisa se executar...

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