é quando as luzes do sol se encondem,
quando num momento mágico a vida ganha cor,
quando a bagunça do peito da gente se arranja, se arruma
e as dúvidas não passam de alucinações...
é como olhar para trás e não ver mais que uma vida,
é sentir que tudo está como deveria ser,
é não questionar o absurdo, aceitá-lo...
e entender que aceitar não é ser conivente...
é como num suspiro profundo,
quando o ar enche os pulmões...
e olhando a nossa volta, nada mais machuca
nada mais inquieta, coração sereno...
generosidade consigo, com o mundo
com os menos favorecidos de mente...
momento mágico,
momento meu...
isso é tudo que eu preciso dessa vida...
30.12.08
27.12.08
a espera...
Realmente a maioria das coisas dessa vida é única...
De fato, as ruas que ouviram teus passos podem nunca mais ouvir...
Você pode nunca mais beijar a mesma boca,
Ou nunca mais sentir o mesmo corpo ....
De fato, inúmeras coisas são únicas:
Nascer, envelhecer, morrer,
Muitas vezes você se vê diante do absurdo,
Mas nada mais único que o absurdo...
Então, enquanto por aqui estou,
Não vou matar meus segundos,
Não vou asfixiar de ansiedade meus dias,
Não vou esperar por algo ou alguém...
Não vou não, não farei isso comigo...
Enquanto você espera pela morte,
Enquanto aquela que você ama não chega,
Enquanto você tapa os buracos dessa sua vida,
Enquanto você a remenda com trapos humanos,
Eu vou por aí...
Vou caminhar pelas ruas que ainda não ouviram meus passos,
Vou me libertar da pequenez humana,
Vou sorrir, chorar, viver,
Qualquer coisa, menos esperar...
Eu tenho pressa, eu tenho pressa
E não me quero presa,
A um querer falso que nem sabe ser falso,
A uma invenção absurda e melancólica...
E se por essas ruas tortuosas
Eu encontrar a mulher da sua vida,
Eu juro que a mando para você...
Embrulhada em papel de presente,
Com um laço vermelho amarrado ao pescoço,
E um lindo e simplório cartão assinado por mim...
De fato, as ruas que ouviram teus passos podem nunca mais ouvir...
Você pode nunca mais beijar a mesma boca,
Ou nunca mais sentir o mesmo corpo ....
De fato, inúmeras coisas são únicas:
Nascer, envelhecer, morrer,
Muitas vezes você se vê diante do absurdo,
Mas nada mais único que o absurdo...
Então, enquanto por aqui estou,
Não vou matar meus segundos,
Não vou asfixiar de ansiedade meus dias,
Não vou esperar por algo ou alguém...
Não vou não, não farei isso comigo...
Enquanto você espera pela morte,
Enquanto aquela que você ama não chega,
Enquanto você tapa os buracos dessa sua vida,
Enquanto você a remenda com trapos humanos,
Eu vou por aí...
Vou caminhar pelas ruas que ainda não ouviram meus passos,
Vou me libertar da pequenez humana,
Vou sorrir, chorar, viver,
Qualquer coisa, menos esperar...
Eu tenho pressa, eu tenho pressa
E não me quero presa,
A um querer falso que nem sabe ser falso,
A uma invenção absurda e melancólica...
E se por essas ruas tortuosas
Eu encontrar a mulher da sua vida,
Eu juro que a mando para você...
Embrulhada em papel de presente,
Com um laço vermelho amarrado ao pescoço,
E um lindo e simplório cartão assinado por mim...
11.12.08
Regurgito
para que machucar assim ?
para que espalhar os meus cacos por aí ?
já sabemos de toda a verdade
não me escancare a realidade
não me mostre o que eu estou cansada de enxergar
me deixa só...
me deixa por um segundo
quero esse instante de euforia
quero esse instante de aminésia
quero esquecer tudo que me faz mal...
por favor... por um segundo só
não olhe para mim, não fale comigo
eu estou precisando de uma conversa comigo mesma...
por um segundo só... por um instante...
não quero ouvir você falar
de coisas que todo dia eu me dou conta
não quero que você toque na ferida
enquanto ela sangra...
por favor.... eu sei de tudo isso,
não lance em minha vida
regurgitos de sua alma comum,
comum e pequena demais...
para que espalhar os meus cacos por aí ?
já sabemos de toda a verdade
não me escancare a realidade
não me mostre o que eu estou cansada de enxergar
me deixa só...
me deixa por um segundo
quero esse instante de euforia
quero esse instante de aminésia
quero esquecer tudo que me faz mal...
por favor... por um segundo só
não olhe para mim, não fale comigo
eu estou precisando de uma conversa comigo mesma...
por um segundo só... por um instante...
não quero ouvir você falar
de coisas que todo dia eu me dou conta
não quero que você toque na ferida
enquanto ela sangra...
por favor.... eu sei de tudo isso,
não lance em minha vida
regurgitos de sua alma comum,
comum e pequena demais...
7.12.08
Lágrimas Malditas
Lágrima tem gosto de sangue
e se escorre pelo canto da boca
e se percorre seu rosto até o queixo
e se incendeia a alma
ah... ela é puro sangue...
Olhos vermelhos,
não param de chorar...
foi-se dissolvida
a saudade reprimida
a tristeza do olhar...
agora já não há medo,
foi um arroubo do momento
implodiu meu sentimento,
me esvaziou por inteira,
me impediu de amar...
Lágrimas malditas,
fostes ferramentas
a abrirem minha ferida
e portas que se fecharam
para o meu sonhar...
Lágrimas malditas...
e se escorre pelo canto da boca
e se percorre seu rosto até o queixo
e se incendeia a alma
ah... ela é puro sangue...
Olhos vermelhos,
não param de chorar...
foi-se dissolvida
a saudade reprimida
a tristeza do olhar...
agora já não há medo,
foi um arroubo do momento
implodiu meu sentimento,
me esvaziou por inteira,
me impediu de amar...
Lágrimas malditas,
fostes ferramentas
a abrirem minha ferida
e portas que se fecharam
para o meu sonhar...
Lágrimas malditas...
6.12.08
cartada final
sou um ser humano em evolução
eu ainda não sei perdoar,
guardo rancores
e sei me vingar muito bem...
dou o troco,
pago na mesma moeda
te faço ir à queda...
num segundo só...
não pense que você está por cima,
não se engane,
só não sou cínica
tanto é que te digo o que sou capaz:
te mostro que você não é meu centro
minhas atitudes não são para te agradar
de forma sutil e delicada
te faço perder a jogada
te ensino renegociar...
não vá pensando que você é vencedor,
quando você menos esperar
eu posso virar o jogo...
eu ainda não sei perdoar,
guardo rancores
e sei me vingar muito bem...
dou o troco,
pago na mesma moeda
te faço ir à queda...
num segundo só...
não pense que você está por cima,
não se engane,
só não sou cínica
tanto é que te digo o que sou capaz:
te mostro que você não é meu centro
minhas atitudes não são para te agradar
de forma sutil e delicada
te faço perder a jogada
te ensino renegociar...
não vá pensando que você é vencedor,
quando você menos esperar
eu posso virar o jogo...
3.12.08
Súplica
que nefastos pensamentos!
você me tira toda inspiração
consome a minha glória
escraviza minha emoção
nefastos pensamentos!
inébrios pensamentos!
se deleita no vazio que não preenchi
ocupa o espaço que não abri
enraiza por entre as grutas do meu cérebro
vertigina-me a ponto de enlouquecer
nefastos pensamentos...
inébrios pensamentos que me põem a rodar
vejo o mundo a girar
por um instannte sou louca
sem nada a pensar
esvazio-me do que nunca quis viver
fecho-me para o que não quero viver
mas esses pensamentos!
que o fogo das profundezas os consuma
que minhas mãos verta-se em forças descomunais
quero que se tornem sólidos
só para quebrá-los em mil pedaços
reconstruí-los e quebrá-los de novo...
até que toda essa raiva passe
até que meus ânimos voltem ao lugar
até que minhas mãos fracas se ponham
[a tremer de sensibilidade
até que meus olhos sequem
e meu coração páre de queimar...
nefastos pensamentos!
deixo-os irem
subam aos céus
transformem-se em chuvas
e mesmo na estiagem,
não venha o meu solo árido molhar!
pensamentos nefastos,
inébrios pensamentos!!!
você me tira toda inspiração
consome a minha glória
escraviza minha emoção
nefastos pensamentos!
inébrios pensamentos!
se deleita no vazio que não preenchi
ocupa o espaço que não abri
enraiza por entre as grutas do meu cérebro
vertigina-me a ponto de enlouquecer
nefastos pensamentos...
inébrios pensamentos que me põem a rodar
vejo o mundo a girar
por um instannte sou louca
sem nada a pensar
esvazio-me do que nunca quis viver
fecho-me para o que não quero viver
mas esses pensamentos!
que o fogo das profundezas os consuma
que minhas mãos verta-se em forças descomunais
quero que se tornem sólidos
só para quebrá-los em mil pedaços
reconstruí-los e quebrá-los de novo...
até que toda essa raiva passe
até que meus ânimos voltem ao lugar
até que minhas mãos fracas se ponham
[a tremer de sensibilidade
até que meus olhos sequem
e meu coração páre de queimar...
nefastos pensamentos!
deixo-os irem
subam aos céus
transformem-se em chuvas
e mesmo na estiagem,
não venha o meu solo árido molhar!
pensamentos nefastos,
inébrios pensamentos!!!
Herói
despretensiosa, pequena e ineficaz
é uma dor aparentemente inofensiva
mas em qualquer lugar ela cabe
e se cabe vem para ficar,
morar, fincar, arraigar
o corriqueiro é sua veste
a normalidade sua face
mas mil faces são a sua
por ser invisível ninguém a percebe
mas vem a poeira dos sonhos
ela aparece nas nuvens mais altas do sonhar
mãos de tesoura
corta a corda do balão
seus pés saem do chão
e você põe-se a voar
se antes os ares eram liberdade
agora são males
que te impedem de voltar
encha-se de coragem
até a gravidade te puxar
não encha-se de medo
o medo é vazio
ele te faz flutuar
por bosques perigosos,
por noites assombradas,
por sonos sem sonhar!
é uma dor aparentemente inofensiva
mas em qualquer lugar ela cabe
e se cabe vem para ficar,
morar, fincar, arraigar
o corriqueiro é sua veste
a normalidade sua face
mas mil faces são a sua
por ser invisível ninguém a percebe
mas vem a poeira dos sonhos
ela aparece nas nuvens mais altas do sonhar
mãos de tesoura
corta a corda do balão
seus pés saem do chão
e você põe-se a voar
se antes os ares eram liberdade
agora são males
que te impedem de voltar
encha-se de coragem
até a gravidade te puxar
não encha-se de medo
o medo é vazio
ele te faz flutuar
por bosques perigosos,
por noites assombradas,
por sonos sem sonhar!
1.12.08
coração enferrujado
uma avalanche de sentimentos vem à tona
sentimentos brotam em corações fracos
em mentes que não sabem esquecer
aprisionam em becos pequenos
onde se anda de um lado para o outro
porém a saída não se vê
os portões cantam na madrugada
a ferrugem evidencia a velhice
tal qual as lágrimas eternizam a dor
o nó na garganta é engolido
a provocação de si sobre si mesmo
parece superada... mas na verdade não foi
existe uma ferida aberta, ela ainda sangra
a cura não foi descoberta
enquanto isso ela sangra
remeto-lhe um olhar misericordioso
por vezes perdido
vago e descrente...
a dor de uns é a alegria de outros...
o sofrimento de uns é deleite de outros...
a vida prossegue
e ninguém inventou a cura pra minha ferida
talvez ela nunca se cicatrize
os portões se fecham...
ouço o ruído estrondoso e ensurdecedor...
de onde me encontro, já não posso mais te ouvir,
nem socorrer o seu pobre coração...
é tarde demais...
já não tenho forças para recomeçar ao seu lado...
apagam-se as luzes,
a história fica por terminar...
sentimentos brotam em corações fracos
em mentes que não sabem esquecer
aprisionam em becos pequenos
onde se anda de um lado para o outro
porém a saída não se vê
os portões cantam na madrugada
a ferrugem evidencia a velhice
tal qual as lágrimas eternizam a dor
o nó na garganta é engolido
a provocação de si sobre si mesmo
parece superada... mas na verdade não foi
existe uma ferida aberta, ela ainda sangra
a cura não foi descoberta
enquanto isso ela sangra
remeto-lhe um olhar misericordioso
por vezes perdido
vago e descrente...
a dor de uns é a alegria de outros...
o sofrimento de uns é deleite de outros...
a vida prossegue
e ninguém inventou a cura pra minha ferida
talvez ela nunca se cicatrize
os portões se fecham...
ouço o ruído estrondoso e ensurdecedor...
de onde me encontro, já não posso mais te ouvir,
nem socorrer o seu pobre coração...
é tarde demais...
já não tenho forças para recomeçar ao seu lado...
apagam-se as luzes,
a história fica por terminar...
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