"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..." Clarice Lispector

24.10.07

o choro

O choro que se arrebenta na garganta
Que não se explode em si
Mas que te detona aos poucos
O choro sem motivos
O choro incontestável e sem razão
Aprisiona a alma,
Sufoca a pretensão,
Mata o que possa existir de pleno e belo na vida
Esse choro controlado,
Embora a vontade fosse a de gritá-lo
Esse choro fingido e consternado
Embora a vontade fosse a de extravasá-lo
O peito geme a dor latente,
A alma perambula em busca de um sentido maior
Os dias relutam em não se tornar vazios
O medo que dá de sentir medo
A força que te foge das mãos quando você mais precisa
O equilíbrio que não te traz serenidade
A vontade de sentir coisas grandes,
O desejo de ser imortal,
Ha...
Suspiros profundos...
Trazem luz às almas escuras,
Energizam o espírito,
Acalmam a inquietude,
Revitalizam a própria vida,
E trazem consigo a certeza,
Certeza de que amanhã
Quando o sol radiante nascer por cima das brancas nuvens...
Quando o cheiro da úmida manhã invadir seus pulmões
E a beleza dos pássaros acordando despertar seu olhar
ha...eu tenho a certeza que não resistirá à vida...
tenho certeza que não negará um sorriso...
que não fingirá o amor....
afinal...cada um conhece a dor e a delícia de ser o que é!!!!!

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